Comitê de Governança da UFC aprova uso de IA, mudanças de prazos e de metodologias em sua política de gestão de riscos
Data da publicação: 11 de dezembro de 2025 Categoria: Comitê de Governança, Gestão de Riscos, Inteligência ArtificialEm sua terceira reunião ordinária de 2025, realizada nesta segunda-feira (8), o Comitê de Governança da Universidade Federal do Ceará (UFC), vinculado à Secretaria de Governança (Secgov) da UFC, aprovou, por unanimidade, Instrução Normativa (IN) que dispõe sobre uso da inteligência artificial nas práticas de gestão de riscos. A decisão foi tomada sob a justificativa da necessidade de otimizar tempo, reduzir retrabalhos e melhorar a qualidade das análises, a partir de um uso responsável e supervisionado da tecnologia.
Mais especificamente, soluções de IA já utilizadas nas rotinas da Secgov serão integradas às atividades de gerenciamento de riscos e de mapeamento e modelagem de processos. Nesse contexto, as ferramentas poderão ser usadas em atividades como elaboração de formulários; uso do software de modelagem Bizagi Modeler; identificação e priorização de riscos; elaboração automática de planilhas, relatórios e indicadores; consolidação de dados em uma planilha única e integrada, garantindo mais rastreabilidade, comparabilidade e visão institucional; e sugestão de controles e tratamentos.

Além das pautas para votação, o Comitê Gestor também pode conferir os resultados de diferentes iniciativas em governança na UFC (Foto: Viktor Braga/UFC)
De acordo com a secretaria, o uso da IA contribuirá para a eficiência operacional das atividades e aumento da consistência dos resultados, por meio da automação de etapas repetitivas, de avaliações de risco mais precisas e da redução de erros, inconsistências e retrabalhos (por meio de validação cruzada de dados, checagem de coerência e preenchimento automático de campos).
A iniciativa alinha a UFC às práticas mais modernas de governança digital e integridade pública, estimulando o uso ético e estratégico da tecnologia. A integração com IA assegura uma padronização inteligente, com sugestões automáticas coerentes aos parâmetros institucionais e ajustes conforme histórico de risco.
ÉTICA E EFICIÊNCIA – Entre os resultados esperados, a Secgov prevê redução de até 40% no tempo de elaboração dos mapeamentos e planilhas; melhor qualidade técnica dos registros e das respostas aos riscos identificados; e integração plena das informações em nível institucional, facilitando auditorias e revisões.
Para garantir que o uso da IA seja ético e transparente, a IN estabelece regras como validação humana obrigatória, preservação da confidencialidade, mitigação de vieses, segurança da informação e identificação explícita do uso de IA – ou seja, todo produto gerado por meio de ferramentas de inteligência artificial deve ser identificado como tal, no sentido de garantir transparência e rastreabilidade.
PRAZOS – Em consonância com os objetivos a serem alcançados com a IN, o comitê também aprovou alteração da Resolução 01/2023/CGOV/Reitoria, que estabelece prazos e diretrizes para o envio de informações referentes ao mapeamento de processos e ao gerenciamento de riscos.
A alteração diminui de 20 para 15 dias úteis o prazo para envio de informações solicitadas pela Secgov no âmbito da gestão de riscos, referentes a aspectos como mapeamento de processo, elaboração de ajustes e outras demandas.
A alteração visa agilizar o ciclo de gerenciamento de riscos, harmonizar fluxos de trabalho com o cronograma anual da Secgov e os planos de Gestão de Riscos e de Integridade Institucional, além de incentivar maior comprometimento das unidades.
OUTRAS PAUTAS – Na reunião também foram apresentados resultados e relatórios referentes ao acompanhamento trimestral do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFC (PDI); ao monitoramento do Plano de Continuidade do Negócio (PCN); à autoavaliação das boas práticas de prevenção à corrupção na UFC (pelo sistema e-Prevenção, do TCU); ao monitoramento do Índice de Governança, Sustentabilidade e Gestão nas Organizações Públicas (iESGo); à pesquisa interna sobre governança; aos trabalhos de gestão de riscos nas unidades acadêmicas; e ao desenvolvimento do Sistema de Gestão de Riscos (SisRiscos) por equipe do Campus de Quixadá. Foi aprovada ainda a ata da 2ª Reunião do Comitê de Governança 2025, realizada em agosto.
